segunda-feira, 28 de abril de 2008

Você Realmente Conhece a Versão 8.3 e suas Novidades?

Semana passada apresentei uma palestra com este tema e fiz um mapa mental com a ferramenta livre Freemind para organizar o conteúdo e dar uma estética melhor.

Coloquei as principais alterações da versão 8.3 e gerei uma imagem. Quem precisar, pode utilizá-la. Sugestões de melhoria também são bem vindas. Com certeza esqueci algum detalhe. As informações são da própria documentação do PostgreSQL.


sexta-feira, 18 de abril de 2008

101 Posts!

Este é o Post número 101 deste blog. Mais que um número, é uma conquista que credito a cada um dos freqüentadores. O que era o "Meu Blog" está cada dia mais se tornando um recurso da
comunidade, que colabora com idéias, textos, críticas, sugestões e com a divulgação deste link.

Dia 04/04/07, depois de uma resolução tomada no meu aniversário, resolvi começar este blog para me forçar a estar sempre estudando Banco de Dados, uma vez que ministrava uma disciplina na área e não era um verdadeiro DBA nos meus empregos (e também para conhecer o funcionamento interno de um blog!). Aos poucos o conteúdo foi se distanciando da disciplina, que não estou mais ensinando, e se tornou uma pequena base de dados sobre o PostgreSQL. Os acessos foram aumentando e sem querer fui conhecendo mais da comunidade do Banco de Dados do elefantinho.

O reconhecimento da comunidade tem sido recompensador, e fez com que este site sempre apareça entre os primeiros blogs de PostgreSQL a serem recuperados no Google, considerando não só o Brasil, mas todo o planeta. O número de links e referências a este site também cresceram bastante e atingiram algumas centenas, o que é raro em blogs tão específicos. É motivo para maior cuidado e para a busca de novas idéias para um constante aprimoramento. Convites para consultorias e treinamentos, que quase nunca posso atender, atestam que este veículo alcança um grande contingente de pessoas. Que bom!

(Pessoalmente, sou um grande usuário, pois consulto as notas que eu mesmo postei no blog quando estou em dúvida.)

Claro que existem dificuldades: cada vez menos tempo, mais responsabilidades no mundo fora da internet e uma maior dificuldade em ter novas idéias. Neste período, vários outros blogs surgiram e desapareceram. Muitos deles pararam no tempo, sem atualização, ou patinam sem conseguir conciliar qualidade e um bom ritmo. Mas o grande estímulo para oferecer algo, para difundir conhecimento tem ajudado nos momentos mais difíceis.

Se você está lendo este post, saiba que este é um espaço para:
- Divulgar seu site/ evento/ notícia de PostgreSQL
- Propor soluções de problemas
- Apresentar problemas e questionamentos
- Pesquisar
- Votar em enquetes (estou pensando em criar mais...)

Tentarei manter este espaço sempre atualizado e em sintonia com a evolução da tecnologia. Quero melhorar seus materiais e conto com a sua colaboração!

Espero poder continuar colaborando para que outras pessoas também se beneficiem por muito tempo ainda.

Agradeço a todos que lêem este post e a todos os freqüentadores do "Meu Blog de PostgreSQL".

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Uso de UUIDs no PostgreSQL

Implementado no PostgreSQL 8.3, o tipo de dado UUID (Universally Unique Identifier) é pouco conhecido e pouco utilizado. Em post anterior, descrevi esta funcionalidade. Agora demonstrarei como a mesma foi implementada e como pode ser empregada para inserção e alteração de dados, consulta, dentro de funções e com tipos compostos.

Inicialmente, vamos criar uma tabela com campo do tipo UUID e fazer operações de inserção e consulta aos dados. A sintaxe se mantém a mesma para a inserção e alteração de dados. Campos UUID são similares a campos caractere, com a diferença de terem os caracteres "-" opcionais.

Um fato interessante é que o PostgreSQL não apresenta algoritmo padrão para a geração de UUIDs, uma vez que não foi obtido consenso sobre a melhor opção. Cabe ao desenvolvedor criar seu algoritmo e colocá-lo na aplicação ou no banco como função, ou obter um gerador de outras fontes.

--Criação de tabela com campo UUID e inserção de registros
CREATE TABLE uuid_test (identidade UUID);

INSERT INTO uuid_test VALUES ('a0eebc99-9c0b-4ef8-bb6d-6bb9bd380a11');
INSERT INTO uuid_test VALUES ('12345678-9c0b-4ef8-bb6d-6bb9bd380a11');
INSERT INTO uuid_test VALUES ('82345678-9c0b-4ef8-bb6d-6bb9bd380a11');
INSERT INTO uuid_test VALUES ('723456789c0b4ef8bb6d6bb9bd380a11'); --Pode ser feita inserção sem os "-"

SELECT * FROM uuid_test;

--Consultas de UUID, incluindo consulta com conversão para UUID
SELECT '12345678-9c0b-4ef8-bb6d-6bb9bd380a11' = UUID('123456789c0b4ef8bb6d6bb9bd380a11');
SELECT UUID('12345678-9c0b-4ef8-bb6d-6bb9bd380a11'), UUID('123456789c0b4ef8bb6d6bb9bd380a11');
SELECT UUID('12345678-9c0b-4ef8-bb6d-6bb9bd380a11') = UUID('123456789c0b4ef8bb6d6bb9bd380a11');

Funções podem retornar dados do tipo UUID, inclusive em conjuntos de linhas (SETOF). Abaixo apresento duas funções, uma retornando um UUID simples e outra retornando um conjunto de linhas com UUIDs.

--Função SIMPLES que retorna tipo UUID
CREATE FUNCTION ret_uuid_simples () RETURNS uuid AS $$
BEGIN
RETURN '12345678-9c0b-4ef8-bb6d-6bb9bd380a11';
END;
$$ LANGUAGE plpgsql;

SELECT * FROM ret_uuid_simples();

--Função que retorna tipo UUID
CREATE FUNCTION ret_uuid () RETURNS SETOF uuid AS $$
BEGIN
RETURN QUERY SELECT identidade FROM uuid_test LIMIT 1;
RETURN;
END;
$$ LANGUAGE plpgsql;

SELECT * FROM ret_uuid();

O tipo de dado UUID pode ser utilizado na construção de tipos que podem ser reaproveitados.

--Uso de UUID em tipos
CREATE TYPE pessoa_uuid AS (nome varchar(50), ident UUID);

CREATE table ALUNO_UUID (
nomealu pessoa_uuid NOT NULL,
nasc date,
serie int);

INSERT INTO ALUNO_UUID VALUES (('Carla Paulina','82345678-9c0b-4ef8-bb6d-6bb9bd380a11'), '12/12/2001',1);

SELECT * FROM ALUNO_UUID;
SELECT nomealu, (nomealu).nome, (nomealu).ident FROM ALUNO_UUID;

quinta-feira, 10 de abril de 2008

RETURN QUERY - Novo recurso do PostgreSQL 8.3

A cláusula RETURN QUERY permite que o programador faça uma função que retorne um conjunto de linhas. Foi acrescentada no PostgreSQL 8.3, permitindo maior versatilidade nas implementações.

Para ilustrar esta funcionalidade, vamos criar e popular uma tabela:

CREATE TABLE FUNCTESTE (
cod serial primary key, nome varchar(50), aniversario date default now());
INSERT INTO FUNCTESTE VALUES (1, 'Cláudio', DEFAULT);
...
INSERT INTO FUNCTESTE VALUES (10, 'Ana Cláudia', '01/01/2008');


Vamos retornar um conjunto de linhas utilizando a cláusula RETURN QUERY dentro de uma função. Observe que o código da função abaixo retorna um conjunto de linhas (SETOF) que tem de ser iguais aos campos da tabela FUNCTESTE:

--Retornando consulta de várias linhas com FOR
CREATE OR REPLACE FUNCTION ret_rows () RETURNS SETOF FUNCTESTE AS $$
BEGIN
RETURN QUERY SELECT * FROM FUNCTESTE; -- Acrescenta um conjunto de linhas ao retorno da função
RETURN ; -- Retorna as linhas
END;
$$ LANGUAGE plpgsql;

Para testar a função:

select * from ret_rows();


Em uma função, o RETURN QUERY pode ser utilizado mais de uma vez, mas o retorno feito com RETURN; ´faz a descarga dos valores de uma vez só.

--Retornando a mesma consulta várias vezes com WHILE
CREATE OR REPLACE FUNCTION ret_rows_while () RETURNS SETOF FUNCTESTE AS $$
DECLARE
i INTEGER :=1;
BEGIN
WHILE i <= 5 LOOP
RETURN query SELECT * FROM FUNCTESTE LIMIT 1; --Consulta a ser repetida
i:= i + 1;
END LOOP;
RETURN ;
END;
$$ LANGUAGE plpgsql;

Pode ser retornado um conjunto de elementos de qualquer valor.

--Retornando consulta de vários resultados do tipo inteiro
CREATE OR REPLACE FUNCTION ret_rows_int () RETURNS SETOF integer AS $$
BEGIN
RETURN QUERY SELECT cod FROM FUNCTESTE; --Consulta
RETURN ; -- Retorno de dados
END;
$$ LANGUAGE plpgsql;

select * from ret_rows_int();

A cláusula complementa a função do RETURN NEXT, que era a única possibilidade implementada nas versões anteriores. A sintaxe em geral é mais simples.